Escrevo e amo sem pensar e ainda estou à espera que a vida me diga se é um defeito ou uma qualidade.
domingo, 11 de junho de 2017
A primeira vez que te amei
Tal como tudo nesta vida, a primeira vez é memorável para toda a eternidade.
Eu, estava a tomar banho e em cada gota que caia no meu corpo, lembrava-me que era tua e que esperava sê-lo para sempre. No pulso, tinha o teu relógio azul que já nem tinha pilha. Se há amor que tive por ti e que me recordo, é o primeiro que senti por ti.
Tu, foste o meu primeiro, segundo e terceiro amor. Fui tua em tantas diferentes fases da tua e minha vida que tive de aprender a amar-te em cada uma delas. A primeira vez, em que ambos eramos jovens e com borbulhas na cara, foi a mais maravilhosa e mais sensível de todas. Cheirávamos a praia, a melância e a perfume gasto pelas horas de almoço quentes. Dávamos a mão, passeávamos de bicicleta e tudo era tão simples assim, como qualquer primeiro amor deve ser.
A primeira vez que fui tua e tu foste meu, está guardada nas minhas veias e nas minhas mãos, que nunca mais foram as mesmas desde que experimentaram o teu toque. O meu corpo tremia como se estivesse elétrico e sentia-me a flutuar no céu. Ser tua, pela primeira vez, foi o auge da minha existência. Saía de casa com um sorriso na cara e com a cabeça nas nuvens. Nesse dia, soube que nunca seria possível esquecer-te.
A nossa juncão viveu de altos e baixos, de discussões e de abandonos e sempre acabámos por voltar um para o outro mas, agora que posso gritar isto ao mundo, a primeira vez que estivemos como um só, foi a parte mais fundamental para eu decidir nunca mais desistir de ti. Deste-me tão pouco e eu ofereci-te apenas o fundamental mas foi isso, a simplicidade, que me fez querer-te como nunca quis outro alguém.
Pertencer-te pela primeira vez foi mais do que qualquer decisão ou parte da minha vida, foi o início de tudo o que sou hoje e a razão do porquê de me ter tornado em palavras espalhadas em papéis. E por mais que o ódio e o arrependimento que corra nas nossas veias, por nos termos destruído tanto e nos termos vincado tanto, não há qualquer outra pessoa que eu quisesse escolher para ter como primeiro e eterno amor.
E então, foi ali, naquele tão simples momento, quando nos beijamos à luz da estrelas e nos tocávamos com as mãos a tremer, que eu entendi que a eternidade da vida está em amores como aquele que partilhávamos. Hoje, que já não somos um só nem nos tocamos, continuas aqui, afixado na minha alma com um descrição "este é aquele que me deu o inicio da minha existência e que me ensinou o que é o amor real, forte e dramático". Fomos os namorados mais apaixonados do planeta naquele verão que estará sempre cravado em mim.
A primeira vez que quisemos escolher um caminho em conjunto, abriu-nos os olhos para o mundo e tirou-nos a virgindade da alma, que tanto estava guardada para alguém especial. A grande felicidade, que me comove, é o facto de que a primeira vez que te amei foi, simultaneamente, a primeira vez que me amaste.
Tínhamos a bênção e perfeição do nosso lado, éramos os mais felizardos deste planeta por podermos dizer que ambos éramos os primeiros e que tudo o que vivia pela primeira vez, tu também estavas a viver. Porém, o verão começou a desgastar-se e o nosso amor a perder-se pelos fios de areia das praias que não visitávamos em conjuntos e aí, perdemo-nos, deixámo-nos e quebrámo-nos. Foi assim, tão facilmente, que ficámos sem o paraíso que tínhamos criado em conjunto. E fomos viver a vida, aquela que tinha um sentido porque a partilhávamos, sozinhos.
Depois do abandono, veio o regresso, as desculpas, os pedidos sufocantes de que afinal o tempo certo era no inverno e não no verão e eu dei-te a possibilidade de me mostrares. Fomos, mais uma vez, felizes mas nunca como da primeira vez de todas, aquela que éramos virgens e tão simples.
A primeira vez que te amei foi a razão de ter sempre voltado para ti, na esperança de voltar a sentir aquele amor que deixava as minhas pernas fracas, a minha cabeça no ar e o meu coração a mil. Não estou a afirmar que te amei menos da segunda vez, mas amar-te pela primeira vez, foi auge da nossa existência, foi o sonho realizado e o paraíso terrestre.
Quando aceitei ser tua, naquela beco com uma vista que pouco me interessava, estava pronta para a eternidade da minha decisão e o facto de sempre teres decidido voltar e regressar para mim, em soluços, deixou-me com saudades do tempo em que acreditava no nosso "para sempre juntos", como naquele verão quente que me fez conhecer-te por mero acaso e amar-te como consequência disso mesmo.
-MariaCunhaESilva
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