Escrevo e amo sem pensar e ainda estou à espera que a vida me diga se é um defeito ou uma qualidade.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2015
Dois corpos e uns lençóis quaisquer
Fazes-me sentir sexy num daqueles vestidos brancos de praia e enquanto estou nua em cima de ti ou deitada na cama que partilhamos.
Não existe um pedaço de pele que não deseje mostrar-te.
A roupa está no chão e o passado também.
As luzes estão acesas, não há vergonhas ou pudor.
Corpos nus e mãos esfomeadas.
Línguas que se tocam e lábios que se conhecem há uns minutos que parecem uma vida.
A virgindade perdeu-se no momento que soube o teu nome e o ego aumentou quando me sussurraste no meu ouvido o meu.
A ingenuidade deixou de querer partilhar o quarto connosco.
O silêncio é cortado com a nossa respiração.
Sou capaz de voar ou de percorrer o mundo todo quando te noto paralisado em mim.
Tens o meu corpo e o meu primeiro nome, o resto o tempo irá trazer-nos seja lá o que ele seja para além de noites onde partilhámos orgasmos.
Despeço-me com um beijo na boca e parece que te amo muito sem amar.
A minha nudez acaba apenas quando visto a tua camisa na varanda e partilhamos cigarros.
A noite parece sempre curta para a quantidade de milímetros que a minha pele quer conhecer da tua.
Os nossos corpos unem-se e apaixonam-se enquanto psicologicamente andamos numa procura de respostas.
Não há paixão, amor ou relação.
Há uma cama e uma noite que partilhamos e com o tempo encontramos mais tempo e mais quartos para no final termos sempre dois corpos e uns lençóis quaisquer.
-mm
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